quarta-feira, 14 de setembro de 2016

PROJETO DO ECO PARQUE INDUSTRIAL - Parceria SOLINTER

PROJETO IMPLANTAÇÃO do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ PARCERIAS: SEMEA – SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DE ITAJUBÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJUBA PROJETO CURUPIRA ACIMAR- ASSOCIAÇÃO ITAJUBENSE DE MATERIAIS RECICLAVEIS ACARI- ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MAT. RECICLAVEIS DE ITAJUBÁ EMPRESAS ITAJUBENSES DO SETOR DE RECICLAGEM EMPRESAS ITAJUBENSES GERADORAS DE MATERIA PRIMA POPULAÇÃO ITAJUBENSE – COLETA SELETIVA LOCAL DE IMPLANTAÇÃO: ATERRO CONTROLADO MUNICIPAL DESATIVADO Objetivo: A implantação do ECOPARQUE industrial em Itajubá, tem como objetivo principal a criação de micro industrias que operam no setor de reciclagem de materiais provenientes da coleta seletiva municipal. Agregando-as em mesmo local para que seja economicamente viável a produção e manufatura de produtos provenientes da coleta seletiva e resíduos sólidos urbanos/industriais do município de Itajubá. A Geração de emprego aproveitando a mão de obra da população de baixa renda, criando empresas de reutilização, reciclagem e reaproveitamento, ecologicamente corretas, baseadas na máxima da sustentabilidade. Aproveitar uma área em desuso, Aterro controlado municipal - desativado, implantando ali um complexo com efeito paisagístico e ambiental saudável sem custos aos cofres públicos de manutenção. DIRETRIZES PARA A IMPLANTAÇÃO do PARQUE INDUSTRIAL ECOLÓGICO UMA PROPOSTA PARA O ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. 1. Ecoparque com Industriais Ecológicos 2. Gestão Ambiental Cooperativa 3. Ecologia Industrial 4. Geração de emprego Este Projeto tem por objetivo central propor uma metodologia para a implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, com elementos suficientes para balizar sua adesão por órgãos do setor público e/ou privado, ONGs, consultores, instituições financeiras,universidades, profissionais da área de meio-ambiente, indústrias e de todos aqueles que buscam contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a equidade social. Este projeto apresenta uma visão de como este conceito está sendo implementado em vários países desenvolvidos e em desenvolvimento, inclusive no Brasil, como ecopolos. A partir de algumas reuniões do Projeto Curupira, surgiu a necessidade de elaborar um projeto nas cidades de nossa região para implantação de ECOPARQUES INDUSTRIAIS, a exemplo de ecopolos desenvolvidos em outros países, com horizontes de maiores problemas ecológicos. Desenvolveu-se uma metodologia para implantação de ECOPARQUES INDUSTRIAIS, em cidade pólos do sul de minas. Sendo Itajubá a cidade de melhores condições de implantação em parceria com a SEMEA. Aplicando-se esta metodologia, a título de exemplificação, ao ECOPARQUE INDUSTRIAL demarcado no município de ITAJUBÁ. Com base no que foi apresentado ao longo vários anos em reuniões do Projeto Curupira, pode-se concluir que o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ possuem os elementos e o potencial necessários para introduzir as mudanças e melhorias na atual estrutura industrial do sul de minas. Contribuindo através de uma gestão ambiental mais cooperativa para o desenvolvimento sustentável, em um futuro próximo. SUMÁRIO . Capa --------------------------------------------------------------------------------------------------1 . Objetivo ----------------------------------------------------------------------------------------------2 . Diretrizes ----------------------------------------------------------------------------------------------3 . Sumario -----------------------------------------------------------------------------------------------4 . Introdução -----------------------------------------------------------------------------------------5 . A Ecologia Industrial e suas Principais Ferramentas ----------------------------------6 . Características do ECOPARQUE ------------------------------------------------------------7 . Cooperativismo -----------------------------------------------------------------------------------8 . Iniciativas sócios-ambientais -------------------------------------------------------------9 . Competitividade -------------------------------------------------------------------------------10 . Tipologia -------------------------------------------------------------------------------------------11 . Intercambio ----------------------------------------------------------------------------------12 . Parque de Tecnologia Verde --------------------------------------------------------------13 . Benefícios sócio-ambientais-----------------------------------------------------------------15 . Benefícios industriais ---------------------------------------------------------------------------16 . Desafios do planejamento-------------------------------------------------------------------18 .Gerencia -------------------------------------------------------------------------------------------19 . Processo de implantação-------------------------------------------------------------------20 . Características Iniciais do Projeto-------------------------------------------------------22 . Aspectos Ambientais-------------------------------------------------------------------------23 . Gestão Integrada------------------------------------------------------------------------------25 . Elementos Iniciais do Planejamento-----------------------------------------------------26 .Fluxograma das etapas----------------------------------------------------------------------28 . Etapa de planejamento---------------------------------------------------------------------30 . Itens a considerar------------------------------------------------------------------------------31 . Considerações feitas pela indústria-----------------------------------------------------32 .Participação dos Setores Público e Privado-----------------------------------------33 .Motivação Setor Publico-------------------------------------------------------------------34 . Parcerias e Cooperativismo--------------------------------------------------------------35 . Aspectos da Comunidade envolvida-------------------------------------------------36 .Universidades e Mix de Industrias ------------------------------------------------------37 . Desempenho-----------------------------------------------------------------------------------39 .Áreas de Integração------------------------------------------------------------------------40 .Convenção-------------------------------------------------------------------------------------41 .Certificação Ambiental--------------------------------------------------------------------43 . Objetivo da Certificação------------------------------------------------------------------44 . As normas da Série ISSO--------------------------------------------------------------------45 . Benefícios da inserção no SGA----------------------------------------------------------46 . Metas de curto prazo------------------------------------------------------------------------47 . Metas de mais longo prazo---------------------------------------------------------------48 . Acelerando os trabalhos-------------------------------------------------------------------50 . Conclusão---------------------------------------------------------------------------------------51 . Único Ecoparque em Minas Gerais----------------------------------------------------52 .Recomendações-----------------------------------------------------------------------------54 . Sugestões para Trabalhos Futuros ------------------------------------------------------56 .Anexos--------------------------------------------------------------------------------------------57 . Mapa do aterro Controlado – desativado------------------------------------------58 . Fotos-----------------------------------------------------------------------------------------------59 . Croquis da área industrial-----------------------------------------------------------------60 Introdução: Este projeto tem por objetivo central propor uma metodologia para a implantação de Parques Industriais Ecológicos (ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ), com elementos suficientes para balizar sua adesão por órgãos do setor público e/ou privado,ONG´s, consultores, instituições financeiras, universidades, profissionais da área de meio-ambiente, indústrias e de todos aqueles que buscam contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a equidade social, podendo também ser utilizada para subsidiar nas esferas federal, estadual ou municipal a elaboração de uma legislação específica sobre o tema. Os Parques Industriais Ecológicos (ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ), uma das ferramentas da Ecologia Industrial (EI), são ecossistemas industriais, onde as indústrias, através da gestão ambiental cooperativa, buscam atingir o desenvolvimento sustentável ao integrar seus três pilares: ambiental, econômico e social, atribuindo-lhes o mesmo grau de importância. Para proposição da referida metodologia tomou-se por base o estado da arte internacional sobre o tema, além de vários projetos e estudos de caso de iniciativas, apresentados na literatura internacional, de ecopolos industriais em desenvolvimento e em plena operação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Central. A proposta metodológica apresentada para a implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ será parcialmente aplicada para validação e aprimoramento no caso real do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ demarcado no município de Itajubá, no antigo aterro controlado municipal, hoje desativado. A Ecologia Industrial e suas Principais Ferramentas: O termo ecologia foi definido pela primeira vez em 1866, pelo naturalista alemão Ernest Haeckel, como "economia biológica ou economia da natureza, ciência dos costumes dos organismos, suas necessidades vitais e suas relações com outros organismos e como o estudo das relações de um organismo com seu ambiente inorgânico e orgânico”. Atualmente, a definição de ecologia (ECO do grego Oikos – relativo a casa, morada, lar e LOGIA, de Logos, o estudo de) está mais restrita ao estudo das relações entre os organismos e o meio. Chega-se ao entendimento de que ecologia é o estudo do sistema que suporta a vida na Terra, incluindo as plantas,animais, seres unicelulares e o homem, que de forma interdependentes coabitam oplaneta Terra. Características do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ O ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ será uma comunidade de empresas, indústrias, associações catadores, usina de reciclagem que buscam melhorar seu desempenho econômico,social e ambiental cooperando e desenvolvendo parcerias umas com as outras e com a comunidade e o poder publico. As indústrias aperfeiçoam a produção, aumentam o lucro (redução dos gastos com aquisição de matéria prima, substituídas por resíduos provenientes da coleta seletiva e resíduos industriais do município de Itajubá e cidades circunvizinhas, economizando com gastos com transporte, com a disposição de resíduos, com serviços comuns e reduzem os impactos ao meio-ambiente (poluição/resíduos ) e à saúde da comunidade ao trabalharem de forma integrada. Uma das diferenças entre o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ e o distrito industrial é que o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ utiliza os conceitos e as práticas do planejamento sustentável e da gestão ambiental cooperativa e o distrito industrial não. O ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ integra os princípios, da gestão ambiental cooperativa, da prevenção da poluição, do planejamento, da arquitetura e das construções sustentáveis. As indústrias ao formarem parcerias aumentam sua vantagem competitiva. Cooperativismo: A cooperação e parceria entre a Prefeitura Municipal de Itajubá / SEMEA, Projeto Curupira, Associações de Catadores, as instituições de pesquisa, os membros da comunidade, as indústrias e os tomadores de decisão é um fator importante para o sucesso do projeto. O uso de resíduos da coleta seletiva, de uma indústria, como matéria prima por outra indústria, um melhor relacionamento, cooperação e integração indústria-indústria, indústria-comunidade, indústria-setor público, entre indústrias e entre estas e a comunidade, a adoção de práticas que resultem em uma maior eficiência energética, o uso de tecnologias mais limpas, o reuso de água, os serviços comuns compartilhados, prática da arquitetura e construção sustentáveis são alguns dos elementos do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . Com o aumento da legislação ambiental, o aumento do controle por parte do poder judiciário e o aumento das reivindicações e pressões comunitárias, as prefeituras, as indústrias cada vez mais estão interessadas em implantar estratégias pró-ativas, a exemplo do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Além da geração de emprego diminui consideravelmente o aterro de rejeitos sólidos no aterro sanitário, prolongando a vida útil, economizando verbas publicas. Iniciativas sócios-ambientais: Caracteriza-se o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ por um conjunto de iniciativas por: -Geração de empregos a população de baixa renda -Um arranjo produtivo de reciclagem de materiais. -Um conjunto de indústrias que utilizem tecnologias ambientais -Um conjunto de indústrias que manufaturam produtos verdes -Um complexo industrial projetado em torno de uma única questão ambiental com infra-estrutura ou construção sustentáveis. -Um complexo industrial multiuso (indústria, comércio, serviços) Com base nas características acima apresentadas pode-se concluir que um ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ não possui uma estrutura rígida, pode apresentar qualquer uma das características apresentadas, todas ou outras mais. O perfil das indústrias e os aspectos sócio, econômico e cultural da região do sul de minas, são variáveis que influenciam na definição do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Um fator de extrema relevância é o grau de cooperação e parceria entre o setor público (Prefeitura), o setor privado (empresas, indústrias e tomadores de decisão) e os membros da comunidade. Se estes elementos não se consolidarem o desenvolvimento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ pode estar comprometido. As duas principais motivações que levam as indústrias a engajarem nesta iniciativa. A primeira seria pressão institucional(comunidade e leis ambientais) externa e a segunda uma maior vantagem competitiva. Para atender à crescente pressão institucional externa sugere que as indústrias cooperem umas com as outras no intuito de atender a legislação (ambiental, trabalhista, zoneamento) em vigor. Grande parte das micro, pequenas e médias indústrias desconhece ou tem dificuldade em atender a legislação, principalmente a legislação ambiental. Competitividade: Quanto à vantagem competitiva, as indústrias podem compartilhar seus recursos físicos e tecnológicos (espaço físico, infraestrutura, equipamentos, mão de obra, treinamento, transporte), uso mais eficiente dos recursos naturais, uso de resíduos como insumo no processo produtivo (menor custo comparado aos recursos naturais) e finalmente, a troca de conhecimento, experiências e informações entre as indústrias. O aumento no desempenho econômico e ambiental da indústria resulta em maior vantagem competitiva e maior retorno financeiro. O conceito de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ é um conceito flexível que pode variar em função das condições de mercado e das limitações oferecidas pelo meio-ambiente. O mercado pode variar em função da oferta e da demanda, que variam em função da localização do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Quanto às restrições ambientais, pode-se citar a poluição do ar, da água e do solo, que são limitadas através da legislação. “O sucesso do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ não depende somente de seu desempenho ambiental, mas é resultante, principalmente de sua habilidade de competir no mercado”. Tipologias do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ A literatura internacional apresenta diferentes terminologias adotadas em projetos e estudos para designar conceitos e outros instrumentos semelhantes ao ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. A principal vantagem de implantar o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ é que no primeiro caso as indústrias se localizam no município e em seu entorno. E uma coleta seletiva já implantada no município. No caso do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ co-localizado, a maior proximidade entre as indústrias facilita o desenvolvimento de sinergias e existindo uma maior chance de integração e a cooperação entre os atores envolvidos. Quanto ao ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, este pode ser implantado no antigo aterro controlado, respeitando as leis ambientais vigentes, a grande vantagem de implantar o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ,é a reutilização de uma área já degradada, ou seja, uma área “marrom” ao invés de contaminar uma área que ainda é “verde”, onde os ecossistemas ainda não estão comprometidos. Pode-se considerar também, a infraestrutura pré-existente que pode ser adaptada para atender as necessidades dos novos integrantes, facilitando a ligação entre as indústrias e associações ali instaladas. Por outro lado, a implantação de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, influencia a decisão das indústrias de se localizarem ao ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, visto que desde o inicio é planejado possíveis intercâmbios (resíduos, serviços, instalações) entre as indústrias. Quando o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ sendo totalmente planejado as indústrias que ali se instalam estão cientes dos princípios e diretrizes a serem seguidos e estão dispostas a cooperar e a desenvolver parcerias umas as outras. A possibilidade de ocorrerem sinergias entre as indústrias deve ser prevista ainda na etapa de planejamento, permitindo assim uma maior a flexibilidade, desta forma, a integração e a cooperação entre indústrias ocorrem de forma muito mais natural. INTERCAMBIO Planejar o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ permite que cada indústria seja locada de forma a otimizar o fluxo de resíduos e matéria prima entre estas. As técnicas construtivas e arquitetônicas e os materiais selecionados possibilitam uma maior economia dos recursos naturais (emprego das técnicas da arquitetura e construção sustentáveis). Intercâmbio Externo de Resíduos: caracteriza-se pelo desenvolvimento de um banco de dados onde os resíduos demandados e ofertados pelas indústrias e coleta seletiva são permutados e manufaturados. Este modelo apresenta uma perspectiva mais ambiental do que econômica e é considerada uma ação fim de tubo. Intercâmbio Interno de Resíduos: caracteriza-se pela troca de resíduos dentro dos limites de uma única unidade industrial ou entre indústrias de uma mesma corporação. Ganhos significativos podem ser obtidos ao considerarmos o completo ciclo de vida do produto, processo ou serviço. Como exemplo, reaproveitamento de peças e partes de equipamentos eletrônicos obsoletos, como microcomputadores sucateados, papéis, plásticos, óleos, garrafas PET, etc... Indústrias Localizadas em um mesmo Parque Industrial: as indústrias localizadas em um mesmo parque industrial podem permutar resíduos, energia, água, materiais, podem fazer uso compartilhado de informações, recursos humanos, serviços como licenças, força de trabalho, treinamento, restaurante, áreas de lazer, transporte e serviços de marketing. Co-localizado dentro das dependências ou em seu entorno, as indústrias localizam-se próximas umas as outras, ou seja, em um mesmo distrito industrial. O fluxo de resíduos é feito através de dutos, esteiras ou transporte manual. A proximidade facilita a integração e a cooperação entre as indústrias, além de permitir a existência de infra-estrutura, informações, conhecimentos,treinamento, suporte técnico, estrutura física, gestão, transporte, lazer e outros serviços compartilhados. Gerenciado pelo ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ este fornece a matéria-prima necessária a indústrias e associações. Parque de Tecnologia Verde: O poder público incentiva o desenvolvimento de tecnologias limpas. As indústrias podem ser co-localizadas ou não. O ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ identifica as possíveis relações econômicas, ambientais e sociais entre as indústrias e associações de forma a minimizar os impactos resultantes das atividades industriais no meio ambiente e na comunidade, resultando em vantagem competitiva (ganhos econômicos) para a indústria. Os princípios são adotados, tendo por objetivo atingir um desenvolvimento sustentável, através de uma gestão ambiental cooperativa. As indústrias devem ser certificadas pela SEMEA e CODEMA. As indústrias devem trabalhar de forma integrada para implementar um sistema de gestão ambiental (SGA) buscando estratégias para a redução do consumo de recursos naturais, minimização da poluição do ar, água e solo e a minimização de resíduos gerados e dispostos no processo produtivo. Dar prioridade em gerar empregos a população de baixa renda e escolaridade. Utilizar mão de obra que já existe no mercado como catadores de materiais recicláveis autônomos e associados à Acimar e Acari. Benefícios e Desafios do Desenvolvimento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Conforme dito anteriormente, o desenvolvimento de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁresulta em benefícios para astrês esferas do desenvolvimento sustentável: Indústrias (benefícios econômicos), Comunidade e governo (benefícios sociais) e para o Meio Ambiente. Cada um destesatores permuta seus bens e serviços (trabalho, capital e insumos) com os outros membros da comunidade e com os participantes externos (consumidores e fornecedores). Uma vez apresentados aos principais atores (indústrias, comunidade local, trabalhadores, Prefeitura, Projeto Curupira) os benefícios tornam-se incentivos para estes engajarem nesta iniciativa. As indústrias buscam melhorar sua imagem no mercado (marketing verde), aumentar o seu nicho mercadológico (acesso a novas camadas do mercado) econsequentemente maximizar o lucro. Quanto à comunidade, a principal motivação é o desenvolvimento local (saúde, emprego, educação, qualidade de vida). Para a Prefeitura Municipal de Itajubá, a motivação é o maior cumprimento da legislação em vigor, aumento na base tributaria, além da redução dos danos causados ao meio ambiente resultantes da atividade industrial e coleta de resíduos sólidos urbanos. Benefícios Potenciais do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Social Ambiental Econômico Maior oportunidade de negócios locais Melhoria ambiental continua Aumento na base tributaria Redução na poluição (ar, água,solo) Acesso a novas camadas do mercado Melhor ambiente de trabalho Soluções ambientais inovadoras na região Maior conhecimento legislação Ao criarem-se indústrias sustentáveis, criam-se empregos sustentáveis. Proteção aos ecossistemas / habitats naturais Menor vulnerabilidade das indústrias - parceria em rede Melhora no meio ambiente Consumo sustentável dos recursos naturais Facilidade de acesso a financiamentos Criação de uma economia paralela que reutilize os resíduos das indústrias e resíduos gerados pela população. Redução dos impactos sobre o meio ambiente Aumento aceitabilidade da indústria no mercado (imagem verde) Melhora na saúde dos empregados e da comunidade Recuperação e preservação das áreas verdes. Melhora na relação fornecedor / cliente Ganhos econômicos e sociais resultantes da parceria comunidade / Desenvolvimento de tecnologias ambientais Redução nos custos para disposição de resíduos. Melhor qualidade de vida para a comunidade (programas sociais) Recuperação de Receita proveniente da venda dos resíduos Maior conscientização da questão ambiental Uso mais eficiente dos recursos. Redução da quantidade de resíduos dispostos no meio ambiente Aumento na produtividade dos empregados Educação ambiental e capacitação de recursos humanos. Otimização da produção -redução dos custos operacionais (energia, matéria-prima e água). Aumento do número de empregos. Vantagem competitiva: aumento da presença no mercado Diversificação de negócios Redução dos danos ao meio-ambiente Redução do passivo ambiental Benefícios industriais do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Os benefícios, ao serem apresentados às indústrias, aos órgãos governamentais e a comunidade incentivam a participação destes atores nos ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Com base nos benefícios acima apresentados, podemos constatar que os ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ possui os elementos necessários a difundir o conceito de um desenvolvimento industrial mais sustentável. Criação de dependência entre as indústrias: quanto maior o grau de cooperação e parceria desenvolvidas, maior a interdependência e consequentemente, maior os riscos advindos desta dependência. As indústrias que utilizem ou forneçam resíduos correm o risco de perder o fornecedor ou o mercado caso alguma fonte venha a fechar, devendo buscar no mercado nova fonte de obtenção de “matéria-prima”. O risco torna-se maior ainda, se a indústria investiu em infra-estrutura ou em logística para acomodar as alterações necessárias a troca de resíduos. Este risco não deve ser considerado pela indústria individualmente, mas pelo ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ como um todo. Maior custo e prazo necessários à implementação do empreendimento, consequentemente maior período para retorno do investimento planejamento, urbanização do terreno, instalação da infra-estrutura, processo construtivo, arquitetura das unidades industriais e operacionalização do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ como um todo. Gerenciado pelo o aglomerado estes riscos diminuir e são absorvidos pelo ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Desafios do planejamento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Desafios do planejamento dos ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ para os diferentes Atorese a Prefeitura, é Estabelecer: Associações de catadores(Local): Definir indicadores de desempenho. Compartilhar ganhos e perdas. Reduzir os custos administrativos e tributários Possíveis Membros Estimar os custos e benefícios do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . Auxiliar na seleção do mix correto de indústrias. Identificar tecnologias de redução dos danos ao meio ambiente. Cumprir a legislação, reduzindo suas incertezas e brechas. Capacitação de pessoal (treinamento) Agências Reguladoras Fazer cumprir o zoneamento, as licenças e demais requisitos legais federais, estaduais e municipais. Tornar a legislação, quando possível, mais flexível. Desenvolver tecnologia apropriada, Promover a transferência de tecnologia e prover treinamento técnico. Estimular a troca de informações entre a prefeitura, SEMEA, CODEMA, as indústrias, empresários,Planejadores eConstrutores: Escolher o sítio(Aterro controlado- desativado ) que irá maximizar os benefícios sociais, econômicos e ambientais do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Planejar a infraestrutura de forma a incorporar as demandas por serviços dos diversos integrantes do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Planejar as instalações industriais de forma flexível permitindo possíveis expansões e modificações. Planejar as instalações de forma a maximizar a eficiência energética e o uso mais eficiente dos materiais. Implementar técnicas construtivas compatíveis com a arquitetura e construção sustentável. Gerencia: A Equipe diretora deve obter gerentes da SEMEA, Projeto Curupira, indústria Ancora do projeto, associações de catadores. Gerentes devem gerir o processo de implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ: Comparado a um distrito industrial, o desafio para os gestores do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ está em atingir um desempenho ambiental superior e ao mesmo tempo manter a viabilidade financeira do projeto. Selecionar e Recrutar Indústrias: requer um equilíbrio entre as estratégias tradicionais de marketing e as vantagens oferecidas pelo ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, as metas de desempenho ambientais e econômicas; Ocupar o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ com o mix correto de industrias (sinergias entre as industrias, fomentar o desenvolvimento ). Os gerentes do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ são responsáveis pela gestão do conjunto de indústrias, associações e pela gestão da propriedade em si, os gestores são responsáveis pelo funcionamento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ como um todo de forma integrada (gestão da propriedade) e pelo funcionamento e manutenção do mix correto de indústrias para viabilizar as sinergias e resolver conflitos existentes entre os atores. Assegurar a viabilidade futura do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ: Recrutar as indústrias necessárias para viabilizar e manter as sinergias, manter um bom relacionamento com a comunidade do entorno, fomentar a melhorias ambientais e econômicas. Apesar das dificuldades apresentadas, a implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ é viável e pode-se entrar operação com sucesso. O projeto, o foco maior está nos fatores econômico e social, visto que existe uma preocupação maior em empregar a mão de obra local. A participação ativa da comunidade e de organizações não governamentais em cooperação com o setor público é um fator comum desde o início da etapa de planejamento, que tem contribuído para o sucesso deste projeto. Cabe destacar que a participação do setor público se sobrepõe à participação do setor privado. Quanto à sinergia de resíduos, eficiência energética e reuso de água, estes foram considerados desde a fase inicial de planejamento. A existência de convenções e códigos de conduta impondo condições e restrições às indústrias para se instalarem e operarem no ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ facilitará a entrada de novas indústrias. O estudo destacará algumas características comuns ao projeto inicial. Indústria âncora pode ser definida como uma empresa motriz, ou seja, aquela que é inserida no ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁcom o objetivo de atrair outras indústrias para o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , aquela que direciona as indústrias a determinado comportamento e padrão de capacitação e qualidade. Em 1988, foi editada a nova Constituição Federal (CF/88). Em seu artigo 23, incisos VI e VII a CF dispõem sobre a competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para proteger o meio ambiente, combater a poluição em qualquer uma de suas formas e preservar as florestas, a fauna e a flora. No artigo 225 aCF atribui ao poder público “...controlar a produção, comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem riscos para a vida , qualidade de vida a racional de energia e, projetos que desenvolvam sinergias de resíduos entre indústrias. O Decreto incentiva as ações conjuntas, fomentando a criação de parcerias voltada ações mais integradas.   Processo de implantação: A SEMEA e O Projeto Curupira definirão inicialmente cinco fases principais no processo de desenvolvimento de um ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. 1. Processo de consulta e mobilização de indústrias e parceiros: através de reuniões incentivarem a participação de indústrias e instituições locais e regionais, como prefeitura, associações industriais locais, órgão ambiental e social que possam contribuir como parceiros no processo de desenvolvimento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. 2. Elaboração de Termo de Compromisso e Elaboração de Plano de Gestão Ambiental: As indústrias localizadas no ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ assumem o compromisso de atuarem em prol do desenvolvimento sustentável com a assinatura de um Termo de Compromisso entre o poder Executivo, representante da SEMEA e representante do Projeto Curupira. Com a assinatura do termo os seguintes compromissos são firmados: participar no projeto, buscar a excelência ambiental, desenvolver um Sistema de Gerenciamento Ambiental – SGA, praticar a produção limpa, buscar melhorias ambiental, social e econômica contínuas, contribuir para a conservação e a melhoria do meio ambiente local e apoiar e participar de ações e projetos comunitários, na sua área de influência. Quanto à elaboração do Plano de Gestão Ambiental, este deve ser desenvolvido pelo Projeto Curupira e SEMEA, adaptado as características e condições locais. Porém, alguns elementos devem ser considerados: definição de uma política administrativa para o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, identificação dos impactos ambientais resultantes do processo produtivo, sobretudo aqueles provenientes da gestão inadequada dos resíduos , dos efluentes e das emissões atmosféricas, estabelecimento de objetivos e metas visando a redução, reutilização, reciclagem e/ou transformação dos resíduos, identificação de projetos sócio ambientais, estabelecimento de parcerias, avaliação e monitoramento dos resultados alcançados. 3. Certificação, emitido pela SEMEA como resultado da elaboração do termo de compromisso e da elaboração do plano de gestão ambiental. O Projeto Curupira estabelece a empresa Ancora. 4. Parceria PROJETOCURUPIRA- SEMEA para o licenciamento ambiental das industrias que a partir de sua adesão ao ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ a indústria parceira tem prioridade no processo de licenciamento ambiental. O pedido de licença continua individual, porém, as licenças são emitidas mais rapidamente. Tendo em vista a morosidade do processo de licenciamento no Estado, este item pode ser considerado um incentivo governamental. Todas as empresas após implantarem as ações do Termo de Compromisso, entram no sistema de autocontrole passando a enviar de 6 em 6 meses um relatório ambiental para a SEMEA. 5. Implementação das Ações Propostas no Plano de Gestão: acompanhamento por parte da associação e de indústrias do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ das ações e propostas assumidas no plano de gestão ambiental. Características Iniciais do Projeto Materialização das práticas do desenvolvimento sustentável. Criar condições para as indústrias se associarem. Integrar a gestão ambiental ao processo produtivo. Adesão voluntária. Presença da SEMEA dando o suporte necessário às indústrias. Incentivo financeiro e fiscal. Assistência técnica do órgão ambiental municipal (SEMEA- CODEMA) no processo de licenciamento. Estimulo a participação de empresas locais e internacionais Conformidade com leis e regulamentos ambientais Parceria entre setor público e privado. Integrar o meio-ambiente, o desenvolvimento econômico e o social. Gerar emprego a população de Baixa Renda. Utilizar uma área desativada (Aterro Controlado) Aspectos Ambientais Relativos ao ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ A diversidade de tipologias industriais apresentadas em Itajubá demonstra a possibilidade de se desenvolverem sinergias, não só de resíduos como também de serviços de interesse comum as indústrias. Desde sua criação, as indústrias do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ deverão se reunir mensalmente, sob a coordenação do representante da SEMEA e PROJETO CURUPIRA. No intuito de coordenar as atividades do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, os diretores das indústrias, SEMEA, Projeto Curupira e representantes, criando uma Diretoria de Desenvolvimento Sustentável, onde se definirá um plano de ação e será assinado um termo de compromisso firmando um intercâmbio espontâneo entre as indústrias. Este plano de ação englobara uma política de gestão ambiental integrada e a adoção de práticas industriais mais ecológicas em atendimento à legislação ambiental, incluindo programas voluntários e o fomento à educação ambiental voltados à comunidade local. Gestão integrada: Programa de gestão integrada de resíduos e coleta seletiva: tem por objetivo identificar possíveis sinergias, otimizar a reutilização e a reciclagem de matérias e resíduos, agregando valor ou reduzindo custos. Inclui-se entre as atividades do programa: - Estabelecer um inventário de resíduos sólidos urbanos/industriais, - Estabelecer uma central de coleta e destinação de resíduos; - - - Otimizar o uso de matérias-primas ( coleta seletiva ) (maior eficiência nos processos e consequente redução dos resíduos gerados). -Intercâmbio técnico-científico e gestão ambiental entre as indústrias, associações, ONGs, Universidades, escolas municipais. -Tem por objetivo aumentar o intercâmbio entre as indústrias facilitando a busca de soluções tecnológicas comuns, através da troca de experiências, pesquisas na área ambiental. -Estímulo à instalação de indústrias que possam interagir com as cadeias produtivas locais: parceria com o governo do Estado, responsável por criar uma infra-estrutura local e fornecer incentivos fiscais e financeiros para atrair indústrias para a região. -Avaliação e monitoramento da qualidade do ar: avaliar e monitorar a qualidade do ar, formação de um banco de dados dos monitoramentos já realizados pelas indústrias individualmente. -Monitoramento da rede de drenagem: avaliação das águas subterrâneas e dos pontos de retenção de drenagem, levantamento do perfil hidrológico e da qualidade da água na área destinada ao projeto do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . -Programa de capacitação em gestão ambiental: disseminar os conceitos e práticas de gestão ambiental, realizar seminários, cursos e workshops. -Reflorestamento da região com espécies nativas: propostas de inserção de espécies nativas e projeto de tratamento paisagístico. -Facilitar o acesso à legislação e agilizar os processos de adequação aos requisitos legais: promover seminários para esclarecimento de leis e promover melhor interação com os órgãos de controle ambiental. -Prestação de serviços entre indústrias – manter intercâmbio entre indústrias,identificar fornecedores comuns (redução de preço pelos serviços oferecidos). -Agilizar o acesso à infra-estrutura básica de responsabilidade do Poder Público: formar um representante( Projeto Curupira/SEMEA) para acompanhar propostas junto ao Poder Público Estadual e Municipal quanto a implantação de infraestrutura necessária ao desenvolvimento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . Elementos Iniciais do Planejamento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . -Seleção do aterro controlado Municipal – desativado, para implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ -Disponibilidade de infraestrutura local: energia, água, vias de acesso e transporte. -Seleção das indústrias,associações,(mix) e indústria Ancora -Definição do perfil sócio-econômico da região Interesse dos setores público e privado locais em cooperar com o empreendimento -Ambiente político, legislações e regulamentos locais. -Interesse das indústrias locais em cooperar. -Disponibilidade de matéria-prima e recursos na região. -Estrutura e dinâmica industrial local. -Incentivos públicos (opções de financiamento, incentivos fiscais). -Relação comunidade local x empreendimento. -Disponibilidade de mão de obra (capacitação, custo). O planejamento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ será um processo flexível, que deve se adaptar à demanda dos diferentes atores envolvidos e às características e à cultura do local e da comunidade onde o novo ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ será implementado, é necessário que seja definida uma metodologia básica e flexível, que direcione sua implantação. Como, mesmo sendo um processo flexível é necessário que exista uma metodologia, uma diretriz, que especifique os elementos mínimos necessários ao ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Metodologia esta que direcione os tomadores de decisão e demais atores envolvidos ao longo das etapas de implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , diferenciando-o assim de um distrito industrial. Parte da metodologia apresentada neste projeto é mais especificamente - serão utilizadas - a título de exemplificação, para a implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ demarcado no aterro controlado municipal.(Desativado) Apresentado a referência aos elementos presentes nas etapas de planejamento, projeto, construção e operação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ que serão de relevância para balizar a proposta de implementação do futuro ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Fluxograma das etapas de implementação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ  Identificação  Fatores Locacionais  Seleção do Mix de Indústrias  Seleção de associações catadores de materiais recicláveis  Energia, água, área,  Infraestrutura viária, transporte, UC,  Mão obra,  Restrições  Incentivos fiscais  Fatores legais,  Fatores ambientais  Fatores Industriais  Relatório SEMEA- CODEMA  Projeto Urbano  Projeto de Infraestrutura  Viária /transporte  Energia  Água potável e uso industrial  Ecossistema, orientação do terreno,  micro-clima,  vegetação,  áreas lazer,  áreas verdes.  Elementos Partes e Serviços Comuns  Central armazenamento  Distribuição  Resíduos, materiais,  Reciclagem  lubrificantes,solventes,  Centro administrativo,  Auditório,  restaurante,  centro saúde,  Elementos arquitetura,  construção sustentável Ocupação e Gestão  Sustentabilidade econômica,  Sustentabilidade ambiental,  Sustentabilidade social. Convenção do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ  Operacionalização da manufatura de resíduos sólidos Urbanos, resíduos industriais, matéria prima da coleta seletiva.  Definição da Indústria Ancora.  Definição de parceiros.  Definição das fontes de financiamento ( parceria público –privada - PPP)  Etapa de Projeto  Etapa de Construção e Operação Etapa de Planejamento  Articulação dos Atores envolvidos (setor público, setor privado, comunidade, universidade, gestores, associações, ONGs)  Identificação dos Fatores de Localização do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, a localização é essencialmente a um processo de tomada de decisão através do qual se pretende comparar diferentes alternativas locacionais para a implantação de um empreendimento. O estudo de alternativas locacionais para o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ é de grande importância para a indústria que pretende obter o maior número de vantagens competitivas, para o desenvolvimento das áreas comunitárias do entorno e para uma maior conservação do meio ambiente. Assim, como em um distrito industrial, na seleção do sítio (Aterro Controlado- Desativado) onde será implantado o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , os seguintes fatores locacionais devem ser considerados:  Disponibilidade de energia, disponibilidade de água, disponibilidade da área necessária ao empreendimento, infra-estrutura viária, serviços de transporte, existência de unidades de conservação, disponibilidade de mão-de-obra, restrições legais e ambientais ao empreendimento, incentivos fiscais à instalação do empreendimento, qualidade do ar, qualidade da água, grau de urbanização local e interferências com outras atividades econômicas. Nos distritos industriais, o meio ambiente é considerado apenas quando previsto em lei ou para obter a licença ambiental. No planejamento de um ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, o fator ambiental assume um papel relevante na seleção do sítio. É necessário levar em consideração o fator ambiental em cada um dos sítios analisados, particularmente em relação aos impactos no meio ambiente resultantes da implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . Os seguintes itens devem ser considerados:  características dos ecossistemas local e regional,  adequação do sítio às edificações industriais  e demais edificações e restrições ambientais locais ao empreendimento. O ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ deve ser planejado de forma a preservar o ecossistema local mantendo o equilíbrio com o ambiente ao seu entorno. 1.Caracterizar o ambiente físico: Condições meteorológicas, clima, qualidade do ar,níveis de ruído, caracterização geológica e geomorfológica, usos e aptidões do solo, recursos hídricos. 2. Caracterizar o meio biológico e os ecossistemas naturais,ecossistemas terrestres - descrição da cobertura vegetal, descrição geral das interrelações fauna-fauna e fauna-flora. Ecossistemas aquáticos - mapeamento das populações aquáticas, identificação de espécies indicadoras biológicas. Ecossistemas de transição - banhados, manguezais, brejos, pântanos, etc. 3. Caracterizar o meio antrópico ou sócio-econômico,dinâmica populacional, uso e ocupação do solo, qualidade de vida, estrutura produtiva e de serviços, organização social. 4. Com base na caracterização acima, identificar e avaliar diferenças potenciais entre os sítios. Caso necessário, coletar dados primários para confirmar as diferenças. Mapear os dados de interesse em uma mesma base. O Sistema de Informações Geográficas (SIG) pode ser utilizado nesta analise (caracterização dos sítios de forma mais detalhada). 5. Fatores de Localização do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Fatores de Localização Fatores Ambientais Fatores Técnicos Fatores Econômicos Fatores Sociais Preservação dos Recursos Naturais Legislação Tributos Políticas Públicas Proximidade do mercado (consumidor e financeiro) Relação comunidade x ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Qualidade do ar, água, solo. Integração com o meio industrial local Incentivos fiscais e financeiros Mão de obra: capacitação, custo qualidade de vida. Interações ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ com o valores de: Transporte, mão obra, terreno, matéria prima, Serviços, Energia, Água, Matéria Prima Resíduos sólidos, efluentes líquidos, Emissões atmosféricas, Ecossistema local e do entorno, Existência de unidades de conservação. Considerações feitas por uma indústria ao analisar se deve ou não integrar ao ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Ótica da Indústria Os fatores locacionais atendem a minha demanda, os meus custos são menores? Mão de obra Energia Água Insumos Indústria X ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Produtos Resíduos Sólidos Urbanos ( Coleta Seletiva) Lucro Capital Receita Gestores do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Despesa: mão de obra (salário,benefícios), governo (impostos, taxas) fornecedores (matéria prima, água,energia) acionistas (dividendos) Mão de obra: capacitação custo, disponibilidade, Cooperação Parcerias, Parceria/integração /cooperação com a comunidade local e demais atores envolvidos(setor público e privado), integração indústrias e associações: Disponibilidade e menor custo com matéria prima e demais insumos, acesso ao mercado Acesso a fontes de financiamento públicos e privados, incentivos públicos e fiscais Restrições Legislação ambiental: facilidade atender legislação, processo de licenciamento mais rápido. Comunidade Melhora na imagem da empresa frente ao mercado Acesso a novas camadas mercado saldo receita x despesa é positivo ? Infra-estrutura básica: energia,água e rede de esgoto, transporte, telecomunicações, vias de acesso Maior vantagem competitiva Marketing verde e demais atores atuando como parceiros? Estar localizado no ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ aumenta:  Lucro,  Competitividade,  Acesso a novas camadas do mercado. Ao analisarmos, percebe-se que a indústria em sua “avaliação locacional”, mesmo considerando os fatores ambiental, econômico e social na decisão de integrar ou não ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, A decisão final cabe ao fator econômico:  (saldo final receita x despesa = lucro). Participação dos Setores Público e Privado: Vantagens Setor Público: Visão voltada ao interesse público e desenvolvimento comunitário - sócio-economico- ambiental. Maior conhecimento no setor financeiro e de negócios Presença do Estado dando suporte às indústrias Maior investimento em novas tecnologias Incentivo fiscal e financeiro. Motivação: Visão voltada para o lucro- Aumento da arrecadação Acesso a políticas, incentivos, benefícios, P&D, novas tecnologias relativos a órgãos e agências públicos. Interesse financeiro resulta em uma maior integração e cooperação entre indústrias e gestores. Planejamento de longo prazo Compartilha os riscos do empreendimento. Suporte no cumprimento da legislação. Maior capital de investimento. Suporte no licenciamento ambiental. Maior integração com a rotina dos negócios Subsídios às empresas de pequeno e médio porte Motivação Setor Público: Ganhos nas 3 esferas: Ambiental (redução impactos), Econômico (desenvolvimento econômico local) Social (geração de emprego) Parcerias e Cooperativismo: A parceria e a cooperação entre os atores envolvidos no desenvolvimento de um empreendimento é um conceito em formação no Brasil. A parceria pode ser uma solução para projetos de pequeno, médio ou grande porte, podendo ser um instrumento importante para a Prefeitura Municipal de Itajubá, ao otimizar os recursos financeiros necessários ao empreendimento. O grau de participação de cada um dos atores pode variar de acordo com a vontade e interesse de cada parte. No início do empreendimento poucos atores tem conhecimento do que será o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . Assim, a promoção de cursos, eventos comunitários e seminários, é importante. Apresentando-se o conceito e os possíveis benefícios, com um foco específico no interesse de cada um dos atores envolvidos. No caso do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, demarcado no aterro controlado- desativado, sugere-se que sejam firmadas parcerias com instituições como a UNIFEI, FEPI, SEBRAE, INTERCOOP,associações catadores, etc, com o objetivo de promover e disseminar o conceito de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ através da promoção destes cursos, eventos comunitários e seminários. Um web site pode ser criado, divulgando o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ em questão. Em relação à comunidade, todo projeto necessita do apoio da comunidade durante as etapas de planejamento, projeto, construção e operação do empreendimento. Por comunidade entende-se não só aquela que reside na área de influência do empreendimento, mas todos os que serão impactados com ele, como as indústrias locais, as agências locais, os grupos e associações comunitários e de indústrias, os trabalhadores e a população como um todo. A participação da comunidade no planejamento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ deve ser considerada desde a etapa inicial. Aspectos da Comunidade envolvida: Como o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ vai se inserir na comunidade? Quais as vantagens e desvantagens deste novo empreendimento para a comunidade? Para responder estas perguntas, é necessário caracterizar a comunidade (cultura, demandas, carências, grau de escolaridade, etc). Apresentamos alguns aspectos que devem ser identificados em relação à comunidade:  Identificar os aspectos positivos e negativos da comunidade, do município e da região do entorno (aspectos geográficos, sócio-econômicos, culturais, emprego,renda, educação, capacitação profissional, transporte, legislação, qualidade de vida, saúde).  Caracterizar o mercado local – indústrias, comércio, as entradas (insumos, matéria prima) e saídas (produtos, resíduos), legislação pertinente.  Identificar elementos que possam melhorar a qualidade de vida da comunidade: saúde, educação, lazer, serviços públicos.  Os benefícios que o empreendimento pode trazer para melhoria da qualidade de vida e renda local. Universidades e Mix de Indústrias Quanto às universidades, estas seriam responsáveis pela parte intelectual do empreendimento. Estabelecendo centros de pesquisa voltados ao desenvolvimento de projetos, projetos estes voltados à implantação de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ onde sugestões serão apresentadas na implantação. Seleção do Mix de Indústrias A seleção inicial do mix de indústrias para um ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ deve ser feita ainda na etapa de planejamento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ e de acordo com as estratégias de desenvolvimento sócio-econômico da localidade onde o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ será implementado. A equipe responsável pela seleção das indústrias deve estar apta a apresentar os benefícios de fazer parte de tal empreendimento. o processo de seleção do mix de indústrias deve buscar um equilíbrio entre os seguintes fatores: a. Elementos de um distrito industrial x elementos do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , b. Objetivo ambiental x objetivo econômico x objetivo social, ocupar o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ com o mix de indústrias que possibilite, mesmo que a longo prazo, a troca de resíduos, impacto das novas indústrias x indústrias existentes no município, mão de obra local x deslocamento de mão de obra temporária. c. Elementos de um Distrito industrial x Elementos do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. em um distrito industrial, as indústrias seriam atraídas pelos seguintes fatores: acesso ao mercado, acesso à fornecedores, mão de obra capacitada, infra-estrutura viária e serviço de transporte, infra-estrutura básica, educação, incentivos públicos e fiscais (financiamento e isenção tributária), oferta de energia e combustíveis (disponibilidade e custo), capital (proximidade do mercado, ambiente local para negócios, impostos, taxas, contribuições de melhoria), legislação trabalhista, legislação ambiental, licenças, relação existente com o governo (local, estadual e federal). Desempenho: No ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, além destes fatores, um novo grupo é ofertado as indústrias – melhor desempenho ambiental, econômico e social resultante da cooperação e sinergias desenvolvidas entre as industrias e gestores do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . Entre estes, cabe destacar: Melhora na imagem da indústria perante o mercado resultante da associação da indústria com o meio ambiente (green image - marketing verde), treinamento compartilhado, marketing e outros serviços que possam ser compartilhados, podendo resultar em redução de custos operacionais e em uma maior vantagem competitiva, economia de matéria prima e recursos resultantes da troca de resíduos. Equilíbrio entre os objetivos ambiental, econômico e social. Encontrar o equilíbrio entre os objetivos ambiental, econômico e social do empreendimento é uma tarefa que deve ser priorizada desde a etapa inicial do planejamento. Alguns trade offs devem ser feitos visto que alguns conflitos de interesse podem ocorrer. Como por exemplo, o projeto arquitetônico pode prever uma maior eficiência energética em todas as instalações do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , o que pode conflitar com a previsão orçamentária (custo da construção superior ao previsto no estudo de viabilidade). Um trade-off (redução na eficiência energética visando uma redução nos custos de construção) reduziria os ganhos de longo prazo resultantes de uma maior eficiência energética (redução no consumo de energia e recursos naturais) em troca de uma economia de curto prazo (redução dos custos construtivos). Uma solução para este conflito seria obter financiamento com o objetivo de viabilizar os ganhos de longo prazo. Ocupar o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ com o mix de indústrias que possibilite, mesmo que a longo prazo, sinergias de resíduos. Sugerem que seja selecionada, inicialmente, uma indústria âncora, com experiência no ramo de reciclagens. Áreas de Integração entre as Indústrias do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Qualidade de vida / Comunidade Melhores condições de trabalho Programas educacionais comunitários Programas sociais Participação no planejamento local Sistema Informação /Comunicação Sistema de comunicação interna e externa Sistema de monitoramento das atividades Compatibilidade dos sistemas de informática Sistema integrado de gestão de informações Materiais Marketing Aquisição de materiais e serviços comuns Selo promocional do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ (eco label) Relação cliente / fornecedor Propaganda compartilhada Sinergias de resíduos Transporte Processo Produtivo Comutação (transporte compartilhado) Prevenção da poluição Transporte de produtos / matérias-prima Redução / reutilização de resíduos. Transporte de pessoal (externo e interno) Manutenção de equipamentos (peças) Manutenção de veículos Equipe de manutenção compartilhada Logística integrada Equipamentos compartilhados. Aquisição de materiais e serviços comuns Tecnologias compartilhadas e integradas Saúde, segurança e meio ambiente Recursos Humanos Prevenção de acidentes ( CIPA Única) Processo de seleção de pessoal Resposta a emergências / acidentes Planos de benefícios comuns Minimização de resíduos gerados e dispostos Programas de bem-estar social Técnicas de arquitetura e construção sustentáveis Serviços comuns compartilhado Treinamento e capacitação de pessoal. Construções sustentáveis. Técnicas de conforto ambiental. Utilizar se possível: cogeração de energia, energia em cascata, fontes renováveis de energia . Convenção do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Com o objetivo de viabilizar a gestão das partes e serviços de interesse comum, os gestores são responsáveis por desenvolver e fazer cumprir convenções/ regulamentos internos para assim, evitar futuros conflitos entre as indústrias e entre estas e os gestores. A definição de uma convenção/ regulamento para o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ tem por objetivo definir regras de conduta e estabelecer os procedimentos necessários a um melhor desempenho ambiental, econômico e social do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ como um todo e das indústrias parceiras individualmente. Esta convenção estabelece limites de conduta das indústrias e demais membros e pode até mesmo definir / limitar as tipologias indústrias que podem integrar o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . A definição de como e quais medidas devem ser adotadas depende das características e elementos próprios do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ e dos atores envolvidos no processo. Uma Convenção deve definir no mínimo : • A discriminação das áreas de uso de propriedade exclusiva e das áreas de condomínio; • O uso das partes comum; • As regras de uso das partes e serviços comuns; * Encargos, forma e proporção das contribuições dos condôminos para as despesas de custeio comuns e para as despesas extraordinárias; • Mecanismo para eleição do gestor e do conselho administrativo; • As atribuições do gestor e sua equipe (definição de suas funções); • Modo e o prazo de convocação das assembléias gerais; • Fórum para os diversos tipos de votações; • A forma e o quórum para as alterações de convenção; • A forma e o quorum para a aprovação de regimento interno, quando não incluídos na própria convenção. Cada ocupante do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ deve ter a liberdade de se manifestar sobre as instalações e serviços de uso comuns e sobre os interesses da comunidade. Assim, a Convenção adquire status de lei maior entre os seus ocupantes. Para atingir este estágio de sintonia na comunhão de interesses diversos é necessária a realização de assembléias, que resultem, em decisões coletivas onde à vontade da maioria prevalece sobre as demais. Sugere que a convenção do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ seja elaborada em uma parceria entre os gestores, as indústrias e instituições públicas e privadas. Alguns aspectos que devem ser incluídos na convenção incluem: • Incentivo a práticas ambientais comuns - proteção dos recursos naturais, redução dos impactos ao meio ambiente (emissões atmosféricas, lançamento de efluentes, uso de substâncias tóxicas, uso de tecnologias convencionais, uso de materiais não sustentáveis, etc). • Definição de regras e procedimentos para o uso de infra-estrutura, serviços e demais partes de uso comum. * Definição de regras e procedimentos para o controle de qualidade. • Previsão de mediações no caso de disputas e desentendimentos. • Definição de metas de desempenho ambiental. • Definição de regras de conduta geral e de funcionamento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , principalmente das partes de uso comum. • Adoção de um sistema de gestão ambiental. • Proteção dos direitos individuais e coletivos. • Incentivo a programas de participação e integração de pessoal. • Incentivo a promoção de cursos, seminários e programas de treinamento e capacitação de pessoal. • Incentivo a colaboração e ao desenvolvimento de ações em pró da comunidade local. Certificação Ambiental: O que caracteriza o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ é a adoção de um sistema de gestão ambiental (SGA). O SGA é uma ferramenta que vem sendo implementada por organizações, empresas, indústrias e distritos industriais ao redor do mundo, inclusive no Brasil.(ecopolos) De forma sumária, entre as razões que levam as empresas a implementarem um SGA,cabe destacar: • Procedimentos obrigatórios de conformidade com a legislação ambiental; • Fixação de políticas ambientais que visem à conscientização dos atores envolvidos; • Conservação do meio ambiente; • Uma melhor qualidade de seus serviços, produtos e ambiente de trabalho; • Acesso a um determinado segmento de mercado; • Melhoria contínua; • Satisfação da própria sociedade com a contribuição social e o respeito ao meio ambiente; e, • Atender à crescente demanda ambiental do mercado nacional e/ ou internacional. A busca de procedimentos gerenciais ambientalmente corretos resulta na adoção do SGA. Consumidores e Indústrias , vêm exigindo que seus fornecedores possuam um SGA, sendo este um condicionante para a realização de qualquer negócio. A norma ISO 14.00033 auxilia as indústrias na implantação do SGA34, definindo seus elementos, auxiliando no processo de iniciar, aprimorar e manter o SGA. O objetivo da certificação: Dentre as normas da série ISO 14000 apenas a ISO 14001 é “certificável”, sendo a ISO 14004 um guia de implantação da ISO 14001. A ISO 14000 define o SGA como “a parte do Sistema de Gerenciamento Global que inclui a estrutura organizacional, o planejamento de atividades, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para o desenvolvimento, implementação, alcance, revisão e manutenção da política ambiental. Desta norma é fornecer assistência para as organizações na implantação ou no aprimoramento de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Esta norma apresenta as diretrizes para o desenvolvimento e implementação de princípios e sistemas de gestão ambiental SGA, bem como sua coordenação com outros sistemas gerenciais. Tais diretrizes são aplicáveis a qualquer organização, independente do tamanho, tipo ou nível de maturidade, que esteja interessada em desenvolver, implementar e /ou aprimorar um SGA. As diretrizes baseiam-se nos elementos centrais do SGA, utilizados para certificação, encontrados na ISO 14.001, além de princípios e elementos adicionais que a organização poderá considerar. Um SGA é caracterizado por cinco princípios (Norma ISO 14.004) : 1. Comprometimento e política - é recomendado que a organização defina sua política ambiental e assegure o comprometimento com o seu SGA. 2. Planejamento - é recomendado que a organização formule um plano para cumprir sua política ambiental. 3. Implementação - para uma efetiva implementação é recomendado a organização desenvolver capacitação e mecanismos de apoio necessários para atender sua política, seus objetivos e metas ambientais. 4. Medição e avaliação - é recomendado a organização medir, monitorar e avaliar seu desempenho ambiental. 5. Análise crítica e melhoria - é recomendado que a organização reveja, analise e aperfeiçoe continuamente seu SGA, com o objetivo de aprimorar seu desempenho ambiental. As normas da Série ISO: As normas da Série ISO definem organização como qualquer companhia, corporação, firma, empresa ou instituição, ou parte ou combinação destas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou com outra forma estatutária, que tem funções e estrutura administrativa próprias. Em relação à Política Ambiental, a NBR – ISO 14.001 estabelece que a alta administração deve definir a política ambiental da organização e assegurar que ela: seja apropriada à natureza, à escala e aos impactos ambientais de suas atividades; inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da poluição; inclua o comprometimento com o atendimento à legislação e normas ambientais aplicáveis e demais requisitos subscritos pela organização; forneça a estrutura para o estabelecimento e revisão dos objetivos e metas ambientais; seja documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os empregados; esteja disponível para o público. Com base em uma avaliação ambiental inicial e em uma meta de desempenho ambiental a ser atingida, a organização discute, define e fixa o seu comprometimento e a respectiva política ambiental. A política ambiental da organização deve estar disseminada e fazer parte de toda a empresa (setores administrativos e operacionais, ou seja, da alta administração à linha de produção). O SGA deve ser continuamente monitorado e renovado, direcionando as atividades ambientais da organização em resposta a novos fatores internos e externos. Todos os membros da organização devem assumir a responsabilidade pela melhoria ambiental contínua. A certificação de sistemas de gestão ambiental – SGA permite concluir que a organização possui uma política ambiental e que está implementando-a em conformidade com os requisitos da norma referencial ISO 14001. Cabe destacar que todos os elementos especificados na Norma ISO 14.001 devem ser incorporados a um SGA, porém, o nível de aplicação depende de fatores como: a política ambiental da organização, a natureza de suas atividades e as condições em que opera. Benefícios da inserção no SGA Assim, o seja caracterizado o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ este deve possuir como um todo um SGA, identificaram alguns benefícios de resultantes da inserção de um Sistema de Gestão Ambiental – SGA no ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ : • Para as indústrias: possibilidade de combinação com o Sistema de Gestão da Qualidade baseado na ISO 9001, maior responsabilidade ambiental, conformidade com leis e regulamentos ambientais, criação de uma imagem positiva no mercado (marketing verde), acesso a novas camadas do mercado. A padronização e a sistematização facilitam a gestão do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ ., a “gestão ambiental é parte da gestão pela qualidade total”. • Econômicos: redução dos gastos excessivos com materiais, água e energia; • Para os trabalhadores: melhoria das condições de segurança e de trabalho, maior capacitação de pessoal (educação, treinamentos), redução dos riscos e perigos para a saúde do trabalhador, minimizando a possibilidade de acidentes. • Comerciais: acesso a novos mercados, maior satisfação dos clientes, ferramenta para atrair capital no mercado interno e externo, os investidores externos tem com a certificação a garantia que a infra-estrutura e as instalações estão de acordo com os padrões internacionais. • Meio Ambiente: melhora na qualidade do meio ambiente, preservação dos ecossistemas e da biodiversidade local, redução no consumo dos recursos naturais. • Para o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ como um todo: maior vantagem competitiva, acesso a novas camadas do mercado (municipal e nacional), ferramenta para atrair novas indústrias para o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , atender a crescente demanda de desempenho ambiental do mercado municipal e nacional. Metas de curto prazo Sugere-se que sejam considerados para a implementação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ os elementos relativos a identificação dos fatores locacionais, articulação dos possíveis atores envolvidos, projeto urbano e paisagístico, projeto de infra-estrutura, ou seja, a infra-estrutura viária e serviços de transporte, energia e água. No caso de Itajubá, não será necessário identificar os fatores locacionais com o objetivo de selecionar um sítio para o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , visto não existir mais de uma alternativa locacional. De fato, o sítio – Antigo Aterro Controlado - foi previamente selecionado pelo governo local para a implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , não havendo assim, a necessidade de realizar-se a análise comparativa sugerida ou considerar-se todos os fatores e sub-fatores locacionais sugeridos. A título de exemplificação, apresenta um checklist para verificar as condições locacionais do sítio selecionado para a instalação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . No caso da implementação propriamente dita, este checklist proposto deve ser revisto e/ou complementado. Em relação ao projeto de infra-estrutura, este deve ser planejado com capacidade e forma flexíveis, visto que as indústrias que irão fazer parte do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ ainda não estão completamente definidas. A infra-estrutura viária, ou seja, as vias internas de circulação, devem atender ao fluxo diário de trabalhadores, fornecedores, clientes, insumos, produtos, resíduos, etc, ou seja, ela deve ser planejada de forma a atender o tráfego de transeuntes, automóveis e caminhões. A construção de ciclovias ao longo das vias internas de veículos é uma opção para facilitar a circulação interna dos trabalhadores (restaurante, bancos, correios, reuniões, posto de saúde, administração, etc). Conforme dito anteriormente, a infra-estrutura de energia é de responsabilidade da concessionária Cemig. Pode ser analisadas o uso de fontes renováveis de energia, como forma de complementar a energia fornecida pela Cemig. O custo-benefício de cada uma desta possibilidade deve ser analisado. Quanto à água, devera ser fornecida pela concessionária COPASA. Metas de mais longo prazo Sugere-se a implantação no ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ de alguns elementos que vêm sendo utilizados nos países desenvolvidos, principalmente nos EUA. Além dos elementos e tipologias industriais sugeridos nos cenários anteriores, pode considerar-se em uma visão de mais longo prazo a implantação de unidades que podem potencializar ainda mais as sinergias do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ demarcado no município de Itajubá: *Central de armazenamento e distribuição de resíduos, *Central de armazenamento e distribuição de materiais comuns às indústrias, central de reuso de óleos lubrificantes, central de reciclagem de solventes, biblioteca e creche de uso comum as industrias do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . As vantagens resultantes da inserção destes a instalação de uma central de armazenamento e distribuição de resíduos no ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ tem por objetivo auxiliar o processo de gestão dos resíduos desde a sua geração até a sua re-inserção no processo produtivo ou disposição final, de forma apropriada e segura, armazenando temporariamente os resíduos que não tenham uso imediato para redistribuí-los no mercado interno ou mesmo no mercado externo. A concentração deste processo logístico em um único lugar auxilia na análise e controle dos resíduos gerados e permutados, com o objetivo de atender a demanda das indústrias. A realização de um inventário de resíduos, classificando os resíduos gerados por cada tipologia industrial facilita o desenvolvimento de sinergias entre as indústrias do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ e contribui também para o desenvolvimento de um plano de gestão de resíduos. Quanto a central de armazenamento e distribuição de materiais comuns às indústrias, sua implantação no ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ tem por objetivo adquirir e armazenar temporariamente matérias primas e produtos de consumo comum às indústrias, concentrando o processo logístico em uma única instalação, que seria responsável por distribuí-los conforme fossem demandados às indústrias. A implantação de tal instalação no ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ teria por vantagens uma maior agilidade no atendimento à demanda das indústrias, um diferencial competitivo no mercado;  A redução das áreas destinadas para depósitos,  A redução dos custos associados ao processo logístico das indústrias.  O aumento das restrições e legislações ambientais no Brasil impulsiona o desenvolvimento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ.  A geração de novos empregos e postos de trabalho para a mão de obra local.  A instalação de um ECOPOLO industrial em Itajubá possibilita a geração de emprego local e uma melhora na qualidade de vida da comunidade de baixa renda.  A disponibilidade de mão de obra capacitada tanto no município de Itajubá, e em seu entorno facilita a implantação de um ecopólo industrial, tanto na etapa de construção, quanto na operacionalização propriamente dita.  A diversidade de tipologias industriais sugeridas para o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ aumenta a possibilidade de sinergias entre as indústrias e conseqüentemente o potencial de reaproveitamento de resíduos. A existência de uma instituição, um comitê gestor de uma ONG para gerenciar e intermediar o processo de sinergia de resíduos, pode facilitar e direcionar uma maior participação e cooperação entre as indústrias. A realização de um inventário de resíduos pode também facilitar e agilizar este processo. • A oportunidade de divulgar para os atores envolvidos os benefícios ambientais, econômicos e sociais em potencial resultantes do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , através do fórum desenvolvido, ainda no início da etapa de planejamento. • Os investimentos em pesquisa e o desenvolvimento de parcerias com instituições públicas, privadas e com as universidades, podem auxiliar e acelerar o desenvolvimento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . • O desenvolvimento de uma diretriz para a implementação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ com base nas estratégias desenvolvidas internacionalmente. Acelerando os trabalhos: Para acelerar os trabalhos de desenvolvimento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ como articuladoras e facilitadoras do processo, sugere-se a formação de um grupo gestor responsável por conduzir o processo de implementação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , reunindo as indústrias, membros do governo local, membros da universidade, e outras possíveis instituições parceiras, como a UNIFEI, o SEBRAE, o Projeto Curupira e SEMEA. Este grupo gestor teria por competência direcionar o desenvolvimento dos cenários sugeridos neste estudo, identificar e auxiliar as indústrias quanto às legislações aplicáveis (ambientais, fiscais, financeiras), buscar mecanismos de financiamento, fomentar o desenvolvimento de sinergias, facilitar o fluxo de informações entre as indústrias e gestores, desenvolver credibilidade entre os parceiros, criar canais de comunicação entre as indústrias e as instituições parceiras, promover seminários e encontros entre os atores com o objetivo de disseminar o tema, atrair novos parceiros, desenvolver uma visão gerencial e comercial mais coletiva (nossa indústria ao invés da visão minha indústria), elaborar um plano de marketing para o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , além de promover a educação sobre o tema entre os atores envolvidos (comunidade, indústrias, membros do setor público e do setor privado). De todos estes “desafios” que o grupo gestor teria a vencer, o maior deles seria mobilizar e conscientizar os atores envolvidos para que estes não tenham por meta apenas os ganhos individuais, mas sim os possíveis ganhos ambientais, sociais e econômicos obtidos em pró da coletividade como um todo, praticando efetivamente uma gestão ambiental cooperativa. Conclusão: Recomendações para a Implantação de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ Este estudo partindo da concepção de Parques Industriais Ecológicos –(ECOPOLOS) (Eco Parques Industrial), apresentando uma visão de como este conceito está sendo implementado em vários países desenvolvidos e em desenvolvimento, inclusive noBrasil, mais especificamente no Estado do Rio de Janeiro. A partir de estudos,iniciativas e projetos de ECOPOLOS desenvolvidos em outros países, desenvolveu-se uma metodologia para implantação de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. Aplicou-se esta metodologia, como estudo de caso, em uma área industrial localizada no município de Itajubá, pesquisas in loco , nas industrias, ACIMAR, ACARI, catadores autônomos de Itajubá e associações de catadores em cidades vizinhas, Brazópolis, Maria da Fé, Pedralva, Santa Rita do Sapucaí, Conceição do Ouros, cachoeira de Minas e Paraisópolis. Conforme apresentado neste estudo, o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ é uma ferramenta, que tem por objetivo maior atingir o desenvolvimento sustentável, através de uma gestão ambiental mais cooperativa, ao integrar seus três pilares  Desenvolvimento ambiental,  Econômico  Social, Em um único instrumento, podendo resultar em benefícios para a comunidade, para o meio-ambiente, ao mesmo tempo em que aumenta a inserção da indústria no mercado, seus ganhos financeiros e as oportunidades para novos negócios. Inspirado nos modelos desenvolvido na América do Norte, Europa e Ásia, visando promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer a gestão ambiental cooperativa. Único: Este Projeto, com base na metodologia proposta para a implementação de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , elaborada segundo modelos desenvolvido em outros países, propôs uma diretriz para o planejamento do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ localizado no município de Itajubá,seria o único ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ do Estado de Minas Gerais. OECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ esta diretamente relacionado às parcerias, à cooperação e à confiança desenvolvida entre estes atores. • A gestão ambiental cooperativa vem sendo reconhecida como um instrumento para equacionar as questões ambientais, econômicas e sociais. • A preocupação com o meio ambiente esta cada vez maior. • Os recursos naturais estão mais escassos e utilizados quase a sua exaustão. • O desempenho econômico, social e ambiental estão sendo colocados cada vez mais em um mesmo plano, complementando-se. • Empregados e empregadores trabalhando lado a lado contribuindo para o desenvolvimento sustentável, buscando melhorar as condições de saúde e segurança no trabalho. • O aumento na demanda por qualidade e por preços competitivos. • As indústrias tendem a se tornar mais responsáveis quanto à gestão de seus resíduos (aumento da conscientização ambiental associado a instrumentos de comando e controle); • O setor público atuando de forma integrada com o setor privado e com a comunidade, contribuindo para o desenvolvimento de iniciativas mais sustentáveis. Finalmente, a título de síntese, apresentam-se algumas conclusões e recomendações gerais relativas à implementação de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ: Recomendações: Finalmente, a título de síntese, apresentam-se algumas conclusões e recomendações gerais relativas à implementação de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ : 1. A articulação entre os atores deve ocorrer desde o início da etapa de planejamento. 2. As etapas de implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ devem ser planejadas de forma flexível, se adequando ao mix de tipologias industriais, tecnologias, processos, recursos, atores. 3. A gestão cooperativa, ou seja, a cooperação, a integração e a parceria entre os atores envolvidos. 4. A presença de uma indústria âncora facilita o processo de seleção das demais tipologias industriais, pois a partir dela, desenvolve-se o mix ideal para permitir as sinergias de resíduos. 5. Apresenta-se as sinergias de resíduos, energia e água como a principal elemento de um ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ, porém se o objetivo maior é o desenvolvimento sustentável, é necessária uma visão mais abrangente, incorporando uma perspectiva ambiental,econômica e social simultaneamente ao projeto, ou seja, o desenvolvimento outras sinergias tais como o uso compartilhado de instalações e serviços de uso comuns às indústrias, a permuta de serviços entre as indústrias, o desenvolvimento de atividades ambientais e comunitárias. O tempo e o custo necessários à operacionalização destes serviços são menores do que os necessários ao desenvolvimento de outras sinergias. De todos os elementos do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ , a permuta de resíduos é aquele que demanda um maior prazo e um maior custo para se consolidar. 6. A implantação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ é um processo de longo prazo, que demanda a articulação dos atores envolvidos em todas as etapas do processo. 7. A denominação de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ pode ser utilizada como uma ferramenta de marketing, com o objetivo de melhorar da imagem das indústrias no mercado (market image) e atingir outras camadas do mercado (market share). Conforme mencionado anteriormente, pode-se criar um “rótulo ambiental” para as indústrias integrantes do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. 8. Ao desenvolvimento social e a preservação do meio ambiente devem ser atribuídos o mesmo grau de importância que o crescimento econômico. 9. Retorno financeiro. Se o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ não atingir sua meta de desempenho econômico /financeiro, ou seja, se as indústrias não obtiverem lucro, este ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ não poderá contribuir para a conservação do meio ambiente e para o desenvolvimento comunitário. 10. A educação, ou seja, um maior conhecimento do tema é fundamental para o sucesso da iniciativa. 11. O que diferencia o ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ de um Distrito industrial é a visão do todo, do conjunto - comunidade,indústrias, meio-ambiente, cooperação, parceria, confiança e não apenas um grupo de indústrias co-localizadas que operam individualmente. É a visão “nossa indústria”, da coletividade, em oposição à “minha indústria”. Essa é uma visão de longo prazo,que deve ser consolidada gradualmente¸ durante cada uma das etapas de implementação do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . Em um DI, as indústrias tendem a considerar o que elas podem fazer por si só, sem considerar os ganhos e oportunidades resultantes de possíveis parcerias. Conforme apresentado ao longo deste projeto, o desenvolvimento de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ é um processo de longo prazo que pode resultar indústrias mais competitivas, empregos sustentáveis, comunidades sustentáveis e na conservação do meio-ambiente, porém, a continuidade do ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ na região só será possível se houver uma convergência de interesses entre as indústrias, a comunidade, os centros de pesquisa, as instituições privadas e os órgãos governamentais formando uma rede de gestão ambiental cooperativa em busca de um interesse comum: Um desenvolvimento realmente sustentável. Estes desafios podem ser vencidos com o novo paradigma da gestão cooperativa, que requer que cada ator envolvido trabalhe de forma integrada, utilizando os recursos de uma forma mais sensata e buscando atingir o desenvolvimento sustentável e o bem estar coletivo. Sugestões para Trabalhos Futuros O Projeto Curupira sugere para trabalhos futuros os seguintes temas: 1. Replicar os conhecimentos adquiridos neste estudo não só no município , mais em cidades circunvizinhas. 2. Identificar os instrumentos legais a nível Federal, Estadual e Municipal que possam incentivar o desenvolvimento de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ. 3. Definir um plano de ação estadual / municipal capaz de fomentar o desenvolvimento de ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . 4. Desenvolver um software para gerenciamento de resíduos e desenvolvimento de sinergias de resíduos entre diversas tipologias industriais com base no FaST (Facility Synergy Tool), porém, adequando-o para a realidade das indústrias Itajubenses. 5. Definir uma determinada região e para esta região realizar, o planejamento de uma rede de simbiose de resíduos. Para tanto é necessário um corpo técnico responsável por realizar análises econômicas, técnicas, ambientais e de regulamentações, devendo esta analise ser discutida entre os diversos atores interessados. 6. Conforme mostrado neste projeto, busca-se minimizar os impactos ambientais causados pela disposição dos resíduos industriais, através da re-inserção destes resíduos no processo produtivo como insumo. Para tanto é necessário se organizar um banco de dados com as informações de geração, especificação de resíduos, consumo de matéria prima e insumos, processos de origem dos contaminantes de todas tipologias industriais localizadas em um ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ . A gestão dessas informações é um dos principais pontos a serem trabalhados. O livre acesso às informações ambientais é uma questão que gera controvérsias nas indústrias. 7. Realizar de uma análise técnico-econômica para dimensionar os ganhos financeiros, sociais, ambientais, os recursos humanos e materiais, as tecnologias disponíveis e os parâmetros ambientais desejados em um ECOPARQUE INDUSTRIAL DE ITAJUBÁ em nível de Brasil. 8. Realizar um estudo de viabilidade econômica, técnica e ambiental quanto à implementação de ECOPARQUE no Sul de Minas, com apoio da ONG Projeto Curupira, que apoiaria a implantação destes Ecopolos. Anexos Inventário das Indústrias do Município de Itajubá, geradoras de matéria prima ao ECOPARQUE. Croquis da área a ser utilizada para implantação. Croquis da área de receptação e distribuição de matéria prima Fotos do local Documentação da ONG Projeto Curupira Área a ser implantada a Indústria Ancora Estrada de acesso interno ao ECOPARQUE de Itajubá A.P.P. A ser protegida Área reservada para receptação de resíduos de limpeza publica. (podas, entulhos, varrição, etc.) Lay Out da Área para Receptação, Triagem, Distribuição e manufatura de material proveniente da Coleta seletiva. Lay out de localização da estrada interna, perímetro e A.P.P do Aterro controlado municipal ( Desativado) Entrada Vias de acesso interno Perímetro Lay out de localização das instalações no aterro controlado- Desativado: Área reservada Deposito de limpeza urbana- Aterramento Área reservada a empresa ANCORA Área reservada a empresa de reciclagens Associações Área reservada a paisagismos